domingo, 4 de dezembro de 2011

Inefável
 Nada há que me domine e que me vença 
Quando a minha alma mudamente acorda... 
Ela rebenta em flor, ela transborda 
Nos alvoroços da emoção imensa. 
Sou como um Réu de celestial sentença, 
Condenado do Amor, que se recorda 
Do Amor e sempre no Silêncio borda 
De estrelas todo o céu em que erra e pensa. 

Claros, meus olhos tornam-se mais claros 
E tudo vejo dos encantos raros 
E de outras mais serenas madrugadas! 

Todas as vozes que procuro e chamo 
Ouço-as dentro de mim porque eu as amo 
Na minha alma volteando arrebatadas

CRUZ  E  SOUSA

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